Daniel Castro: TVs desligadas batem recorde.
Caiu para 56% a média de televisores ligados na Grande São Paulo no horário nobre (entre 18h e 24h) em novembro. Foi um recorde negativo para esse mês. À exceção de dezembro de 2002 e de dezembro de 2007, nunca se viu tão pouca TV aberta na maior metrópole do país.O número de televisores ligados em novembro caiu quatro pontos em relação ao mesmo mês do ano passado (60%). Mais dois pontos e isso equivaleria à audiência do SBT, a terceira maior rede do país, no horário nobre.
O número de televisores ligados no horário nobre caiu de 66% na média anual em 2000 para 59% neste ano, no acumulado até 21 de novembro, um desabamento de sete pontos percentuais (mais dois pontos e daria uma Record, a única das grandes que cresceu nos últimos anos).
Mas a TV aberta não vem perdendo público apenas para o botão vermelho do controle remoto. Os telespectadores, principalmente os da Globo e do SBT, também fugiram para o DVD e para o que o Ibope chama de “outros canais” _que vão de pequenas emissoras em UHF a circuitos internos de vídeo.
No horário nobre, o índice de televisores sintonizados nos chamados “outros aparelhos” (DVDs, videocassete, videogame e PC) era de 0,6% em 2001. Na parcial deste ano, já atingiu 3,8% _o equivalente a mais do que a audiência da quarta maior rede aberta, a Band. O total de TVs sintonizadas em “outros canais” foi de 3% em 2001. Subiu para 5% neste ano.
Isso quer dizer que as grandes redes abertas, além de terem perdido sete pontos para o botão “off” do controle remoto, perderam mais dois para os “outros canais” e mais três para os outros aparelhos. Ou seja, doze pontos, ou quase a metade da audiência da Globo no Grande São Paulo em novembro, no horário nobre (26 pontos).
São vários os possíveis motivos pela queda da atratividade da TV aberta. O desinteresse do público pela programação, o crescimento da internet e o fácil acesso ao DVD figuram entre os principais
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